A executiva regional do PT no Acre desistiu de punir com expulsão membros da ala jovem do partido por terem assinado uma carta pública de apoio à greve dos professores da rede pública estadual. Há 36 dias, os professores da rede pública de ensino travam queda de braço com o governo Tião Viana (PT). A assinatura da carta por jovens petistas foi considerada uma afronta ao governo estadual e à cúpula do PT no Estado.
Numa gesto para não alimentar a polêmica, o governador evitou falar do assunto durante o evento de convocação da Conferência Estadual da Juventude, realizado na manhã desta quarta (22) na Casa Civil.
Conforme ContilNet revelou na segunda (20), membros da direção do PT estadual defendiam a convocação da comissão de ética do partido para enquadrar os jovens por infidelidade e atropelo às instâncias partidárias.
Diante da repercussão negativa de uma possível expulsão e de uma eventual debandada da chamada velha guarda, a presidência regional julgou melhor conceder uma “anistia” aos militantes.
Outro temor da direção era o fato de que o processo acabasse por acirrar o cabo de guerra entre as tendências internas. Unidas, as correntes minoritárias estavam dispostas ao tudo ou nada para enfrentar a força poderosa Democracia Radical, que capitaneou a defesa da expulsão dos jovens.
Em relação a uma possível retaliação ao grupo, com a perda de seus cargos e espaços no governo do Acre, ainda não se sabe se tal medida será adotada.
Questionado sobre o episódio, o governador saiu pela tangente e preferiu enaltecer a vitalidade do movimento jovem na sociedade e na política.
“A juventude é a grande certeza do que vai acontecer no amanhã. Eu não sei o que vai acontecer no amanhã, mas a juventude é um grande instrumento. Ela é capaz de gerar o amanhã da sociedade. A juventude pode ser a esperança de um mundo melhor”, desconversou Tião Viana.
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