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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A eleição passou, a oposição tomou Doril

Como todo encerrar de eleições, a derrota ou a vitória nas urnas leva a oposição no Acre a desaparecer do mapa político. A dor de cotovelo é tão grande que nem tempo para um diálogo mais amplo com o eleitor fica impossível. Mesmo com toda esta falta de habilidade, o eleitor tem sido generoso com a oposição e arisco com o petismo. Mas o descompromisso das lideranças oposicionistas, que só pensam em fazer política em época eleitoral, leva o PT a se manter no poder, mesmo que a duras penas.

O partido dos irmãos Viana sabe fazer política com maestria todo dia e o dia todo. Sua atuação não se dá só em período de busca pelo voto. No sábado (13) realizará plenária para avaliar as eleições deste ano. Alguém viu algo parecido por parte do PSDB? O petismo tem a preocupação na formação política de seus filiados. Seus militantes (nem todos) não são amadores em discussão do tema, sabem o mínimo da ciência política.

O PMDB tem a fundação Ulysses Guimarães, o PSDB a fundação Teotônio Vilela. Ambas levam os nomes de duas figuras importantes de nossa política, mas no Acre estas fundações de nada servem. Os partidos oposicionistas são muito mais espaços para picuinhas pessoais do que reservado para o debate macropolítico acreano. A oposição parte mais para a politicagem do que a política na sua definição mais ampla.

O PSDB é o principal partido de oposição, mas não se vê uma atitude tucana de discussão ou formação para qualificar seu quadro. Isso leva seus filiados a terem mais uma militância por conveniência, ou só pelo antipetismo, do que por um pragmatismo socialdemocrata. Para alguns, esta identificação pode parecer bobagem (se para líderes da oposição plano de governo é besteira), mas é esta a diferença que leva o petista a entrar em guerra pela estrelinha vermelha –mesmo que a maioria esteja só defendendo seus cargos.

A oposição não pode ficar neste erro histórico. Os partidos precisam assumir seu papel social de chamar a sociedade para a reflexão e participação política. Os diretórios tucanos, peemedebistas ou pepesistas precisam se transformar em escolas de formação de cidadãos crítico, debater de forma periódica os problemas do Acre e apontar soluções.

Formar um exército qualificado para o embate. Dar as caras só em ano de eleição e ficar em tiroteio de egos para saber quem será quem na urna deixará a oposição em seu eterno descrédito, e o petismo reinando no Acre pelos próximos 20, 40, 60....anos.

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