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quinta-feira, 12 de julho de 2012

PEN: uma Boa Ideia


Nenhum outro número cairia como uma luva para ser oferecido ao Partido Ecológico Nacional, o PEN: o número 51, marca registrada da cachaça mais famosa do Brasil, quiçá do planeta terra. A cachaça tem como matéria-prima a cana-de-açúcar, a mesma fonte para gerar o etanol que queima nos motores de milhões de veículos Brasil afora – o combustível verde, sustentável.

Nada melhor ainda por a caninha 51 ter como slogan a famosa expressão Boa Ideia. A criação do PEN não foi somente uma boa ideia, mas excelente diante do atual cenário político do Acre. Com a Frente Popular se vendo a cada dia em tamanho reduzido com a saída de seus principais partidos, o surgimento mágico do PEN foi uma baita vitória que merece um porre de 51.

Com a penca de deputados entre a cruz e a espada com suas siglas na oposição e eles no governo, o PEN está sendo a rota de escape. Com a benção de Tião Viana, pelo menos sete deputados se filiarão à nova legenda transitória. Sim, o PEN servirá apenas como uma ponte para se escapar da infidelidade partidária. Deixa-se a sombra da oposição para trás e se garante a permanência no Palácio Rio Branco.

Daqui até outubro de 2013 esta superbancada não será a mesma. Alguns já têm destino certo, outros o governador irá remanejar. Com o PEN debaixo dos braços do governador, os deputados poderão abonar uma nova ficha de filiação sem o risco de perda de mandato, pois terão a benção palaciana. Há outra vantagem: não há suplente para colocar toda esta trama em risco.

Enfim, o trigésimo partido brasileiro nada mais serve senão para ficar à disposição das imobiliárias políticas. Ninguém sabe de onde ele surgiu e qual bandeira erguerá. Não tem um programa partidário e servirá até a próxima quarta-feira (18) como a estratégia de abrigo dos comandantes e coronéis. Mais um partido a serviço do Fisiologismo Federativo do Brasil. 

Nova legenda se torna janela para deputados de “oposição” ficarem no governo

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