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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A privataria petista no Acre

Se há um livro que os petistas chegam ao orgasmo como numa ejaculação precoce este não é o best-seller “50 Tons de Cinza”, mas “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Nele, o repórter conta em detalhes como teriam ocorrido os supostos esquemas de corrupção praticados por membros do PSDB no processo de privatização das estatais do País, durante o governo FHC (1995-2002).

Pois bem, aqui pelo Acre já é possível escrever uma obra com título semelhante, mas trocando somente a referência ao partido. Em a nossa “privataria petista” seria possível mostrar como os governos do PT –há quase duas décadas no poder – usam de métodos da iniciativa privada (ou neoliberal ao gosto do leitor esquerdista) para gerenciar a mão de obra do Estado.

A lógica é simples: ao invés de se realizar concurso público para a contratação de professores, médicos, entre funções fins, o governo prefere manter os contratos temporários. Com isso, o servidor não tem estabilidade assegurada na carreira pública, e fica ameaçado de demissão a cada dois anos –ou seja, as eleições.

Além de garantir muitos votos para o partido do governo, os provisórios são ameaçados de demissão caso se atrevam a cobrar seus direitos diante do patrão. Exemplo disso foi dado nesta sexta (7), quando a gestão Tião Viana (PT) anunciou a demissão dos professores temporários em greve.

Esta é uma das maiores aberrações políticas da história do Brasil. Demitir professor da rede pública por fazer greve chega ao sarcasmo, o debacle do Palácio Rio Branco. Talvez nem em regimes não muito democráticos se chegue a este ponto com uma das funções mais importantes no desenvolvimento das sociedades.

Tião Viana é um entusiasta da democracia. Esta palavra soa de sua boca inúmeras vezes enquanto discursa. Mas as suas práticas não parecem convir com a teoria.

O governo precisa sinalizar respeito para com a Educação e esquecer sua birra com o sindicato da categoria. Uma de suas escolas ficou na última posição no ranking do Enem;o sinal vermelho está aceso. Além de assegurar bons salários aos professores, é preciso garantir o desenvolvimento da carreira destes trabalhadores por meio da carreira de Estado e investir sempre na qualificação.

Se for para não garantir uma carreira de Estado aos docentes, então é melhor o governo do PT acabar com o instituto do concurso público e assumir de vez o modo privado de gerenciamento de pessoal. Privataria por privataria, petistas e tucanos vão fazendo escola (com perdão da ironia), e o Brasil consolida sua república esquerdista neoliberal.
 

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