Laudo do IML aponta "causa indeterminada" da morte |
Em outubro elas foram expulsas pela Polícia Militar ao cumprir uma ação de reintegração de posse.. Na ocasião, nem a escola de madeira construída pelos trabalhadores rurais foi poupada (veja vídeo). Sem ter um local fixo, muitas delas voltaram para a área.
Desde então as ameaças dos jagunços da fazenda passaram a ser freqüentes. De acordo com José Janes, vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), um dia antes de ser assassinato a casa de Margarido foi “visitada” por capatazes e policiais à paisana.
Morto na sexta, seu corpo foi encontrado nesta segunda. No IML os peritos não tiveram a capacidade de determinar a causa da morte do agricultor. Preocupado com os impactos negativos da ação truculenta de sua polícia em outubro, o governo enviou ao IML seu secretário de Direitos Humanos, Nilson Mourão.
Segundo Janes, o secretário queria a liberação do corpo para ser velado com o laudo de “morte indeterminada”; Nilson Mourão nega a acusação e diz ter ido ao IML para saber o que acontecia.
Familiares e amigos, contudo, não aceitavam a versão oficial e exigiam a revelação de como Margarido foi morto. Para os líderes da CTB, não resta a menor dúvida de que a morte tem ligações com o conflito pela posse da terra.
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