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domingo, 8 de dezembro de 2013

À sombra de Tião

 O sociólogo Ermício Sena assumiu no sábado (7) a presidência do PT no Acre. Após dois mandatos de Leo Brito à frente da Executiva Estadual, o partido se prepara para entrar em 2014 de olho nas estratégias para a campanha de reeleição de Tião Viana (PT). Apesar de ser apontado como um dos principais responsáveis pelas negociações políticas, Ermício tende a ser ofuscado por uma articulação mais contundente do governador.

A leitura é simples: não fosse o empenho de Tião (com Carioca seguindo todas as suas instruções) a Democracia Radical (DR) teria perdido a eleição para Sibá Machado. “A DR deve sua vitória única e exclusivamente ao governador, e agora ele tem todo o domínio do partido nas mãos”, diz um petista.

Se antes a DR tinha autonomia para articulações com um pouco de autonomia em relação ao Vianismo, agora o grupo está de joelhos diante do Palácio Rio Branco. Para alguns militantes, principalmente das alas mais à esquerda, ter Tião na condução do processo eleitoral será bem melhor que a DR.

Estes petistas avaliam que Tião será diplomático nas negociações, diferente da DR que tendia a acionar o rolo compressor para esmagar a minoria. Com as tendências orgânicas tendo amplo domínio em bases eleitorais robustas, o governador não quer saber de ver os grupos de seu partido sem assistência em 2014.

Não será Carioca nem tampouco Ermício Sena. Todas as negociações para a composição da Frente Popular passarão diretamente pela mesa de Tião. Seus dois auxiliares serão apenas interlocutores, passando aos demais aliados as decisões tomadas a quatro portas no Palácio Rio Branco.


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