A (in) segurança de Bocalom
O pré-candidato ao governo Tião
Bocalom (DEM) tem se vangloriado aos quatro ventos que lidera com folga as
pesquisas de intenção de voto. Este foi o principal argumento para romper com o
PSDB e fazer uma intervenção no Democratas, para pavimentar sua candidatura.
Agora não se entende a razão pela qual ele não quer aderir ao “blocão” que
defende a candidatura única, já que os dois pré-candidatos estão dispostos a
fazer concessões a quem aparecer melhor nos levantamentos.
Justificativa
A razão é simples para Bocalom
estar de fora do grupo: ele não é o tipo de político a fazer concessões.
Reciprocidade é uma palavra longe de seu vocabulário. Candidato profissional, sua
política é da goela abaixo, indisposto a
sentar para ouvir críticas e/oi acatar sugestões. Por conta disso perdeu
(milagrosamente) a prefeitura em 2012.
Choro à toa
É incompreensível o reclame do
ex-tucano por ter ficado de fora da reunião de domingo da oposição. Defensor
árduo da tese de duas candidaturas ao governo e ao Senado no grupo, ele seria
um peixe fora d’água dentro da coligação de oito partidos que, ao contrário
dele, articulam a união.
Por trás de tudo
Um dos líderes da oposição, que
tentou até aos 45 do segundo tempo ter DEM e PSD no “blocão” faz a seguinte
análise: “Quem estiver fora desta representatividade sinceramente é porque tem
outros interesses obscuros por detrás. Não quero acreditar que o governo esteja
incentivando estas pessoas.”
Boas novas
Os construtores deste bloco
avaliam que será questão de tempo o PSC da deputada Antônia Lúcia oficializar
adesão. A leitura é simples: ela só terá chances reais de reeleição estando
coligada com partidos fortes, capazes de alcançarem um bom quociente eleitoral,
o que não é o caso do PSD e DEM.
Luz, câmera...Senado
O presidente do PP, Gladson
Cameli, passou a tarde de ontem gravando as inserções para a propaganda partidária.
Foi o primeiro teste com a equipe de marketing contratada por ele para fazer
sua campanha ao Senado. Imagem e discursos serão dois pontos trabalhados por
ele.
Em questão
Gladson Cameli sabe que precisa
estar preparado para participar dos debates com seus potenciais concorrentes.
Seja Perpétua Almeida (PCdoB) ou Anibal Diniz (PT) ambos são políticos preparados
e qualificados. Não à toa Diniz figurou, em 2011, entre os 10 senadores mais
atuantes do país em ranking da “Veja”.
Das cinzas
Quem conhece o passado recente do
Acre sabe que Alércio Dias não é o melhor dos nomes para uma disputa
majoritária. Esteve no pode no período sombrio de escândalos de corrupção na
década de 1990. Estas figuras o Acre não quer ressuscitar, por isso, mais uma
vez, Petecão volta a meter os pés pelas mãos.
Prévio acordo
Apesar da troca de elogios e de
fala em concessões, é certo que PSDB e PMDB já têm acordo comum acertado. O
cabeça da chapa é o tucano Márcio Bittar. Vagner Sales se diz candidato, mas
suas movimentações políticas para viabilizar o palanque peemedebista são
praticamente nulas, enquanto o tucano vai percorrendo os municípios em busca de
bases.
Colegas –nem tanto
O prefeito de Cruzeiro do Sul,
Vagner Sales (PMDB), deu uma alfinetada em seu colega de Rio Branco, Marcus
Alexandre (PT): “Passados 10 meses de gestão ninguém vê nada de novo. As ruas
estão esburacadas e a lama toma de conta da periferia.” Enquanto isso, Sales infla
o peito com seus índices recordes de aprovação no Juruá.
Balaios
A eleição do PT está uma confusão
só. Sendo candidato das correntes mais à esquerda no Acre (com menor poder de
fogo) Sibá Machado é eleitor declarado de Rui Falcão, presidente nacional
candidato à reeleição, pertencente ao mesmo grupo de Ermício Sena.
Outra campanha
Já pessoas ligadas diretamente á
sua campanha pedem votos ao principal adversário de Rui Falcão, o deputado
federal Paulo Teixeira (RS), da corrente Mensagem ao Partido. É um puxando para
a esquerda, e outro para mais à esquerda ainda.
Cuidado, militante com bandeiras
Secretários do governo filiados
ao PT foram convocados ontem para uma reunião na Casa Rosada. O recado foi
direto: todo empenho nesta última semana de campanha para Ermício Sena sair
vitorioso –e de preferência com folga –no domingo. É possível até que as
rotatórias da cidade voltem a ser ocupadas pelos cargos comissionados em apoio
a Ermício.
Encrencas
O vereador Juracy Nogueira está
numa confusão geral. Num erro político-jurídico jamais visto, deixou o PP pelo
PSB. Agora o seu suplente vai entrar com recursos pedindo o mandato. Se
Nogueira ao menos tivesse ido para o Pros, teria como escapar da cláusula da
fidelidade partidária.
Desvio de alvo
Jorge Viana (PT) e Márcio Bittar
(PSDB) caminham para ser os protagonistas dos debates acirrados em 2014. Vez
por outra os dois se travam em debates nas redes sociais. Jorge solta seus
disparos quando o tucano toca em feridas abertas da gestão petista. Márcio foi
direto: “A minha discussão será não com o Jorge, mas com o irmão dele, Tião.”
Menos desgaste
Enquanto isso Tião Viana (PT) vai
saindo sem desgaste de todo esse tiroteio. Bom para ele, que continua cumprindo
sua agenda oficial, e também aproveitando para amarrar apoios para seu palanque.
Mas chegará um momento em que o governador não poderá ficar de fora do embate.
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