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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O X da Questão

Articulação poítica evita fiasco do Acre em leilão da ANP

Uma série de telefonemas de Rio Branco para Brasília e de Brasília para o Rio de Janeiro evitou que o Acre enfrentasse um fiasco na 12º rodada de licitações da ANP (Agência Nacional de Petróleo). Dos nove blocos da Bacia do Acre em leilão, apenas um foi arrematado –e pela estatal Petrobras.

Não fosse a intervenção política na petrolífera nacional, onde o governo federal tem a maior parte de participação, nenhuma outra empresa privada teria tido coragem para desembolsar alguns milhões de reais para a exploração incerta de gás e petróleo na Amazônia acreana.

Nenhum investidor seria louco o suficiente para ir contrário ao Zoneamento realizado pelo Ministério de Minas e Energia que mostra a pouca chance de exploração comercial rentável na Bacia do Acre. A única capaz de enfrentar este risco é a Petrobras.

Mas como sabemos a empresa não está nos melhores do seus dias. A cada semana aparecem números negativos de seu desempenho no mercado. O aparelhamento da estatal pelo governo petista, usando-a como manobra para cobrir o déficit das contas públicas e segurando o preço da gasolina para garantir a reeleição de Dilma, a faz cair das primeiras posições das petrolíferas mundiais.

É pouco provável que a esta altura a Petrobras –também gerenciada por capital privado – tenha disposição para as meras prospecções no Vale do Juruá. Os recursos em caixa estão voltados única e exclusivamente para a bilionária camada do pré-sal, que vai exigir somas volumosas de recursos.

Pela foto colocada na coluna do jornalista Nelson Liano Júnior, do Ac24horas, percebe-se que Tião Viana (PT) não estava bem acompanhado no leilão da ANP. Sua articulação política evitou o fracasso completo, fracasso não só pior que a falência da OGX de Eike Batista –e tantos outros “X” em recuperação judicial. 

Desse jeito não tem Senhor X que transforme o Acre na Arábia Saudita da Amazônia.    


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