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sábado, 9 de novembro de 2013

Domingo à PT



Dividido, PT vai para eleição mais acirrada dos últimos anos

Há 15 anos governando o Acre e nove a prefeitura de Rio Branco, o Partido dos Trabalhadores (PT) terá neste domingo seu PED (Processo de Eleição Direta) mais acirrado dos últimos anos. Após a hegemonia de uma única tendência, a Democracia Radical (DR), os petistas orgânicos, com uma formação política mais à esquerda, uniram suas tendências em torno do deputado Sibá Machado, que já comandou a legenda.

No campo hegemônico hoje representado pelo atual presidente Leo Brito, o sociólogo Ermício Sena tenta manter o grupo na presidência com o apoio do governador Tião Viana (PT) e outras lideranças influentes. De forma mais tímida está o senador Jorge Viana (PT), descontente com o atual momento de cizânia vivido pelo PT.

Somente em Rio Branco, ao menos 800 militantes estão aptos a votarem. A eleição ocorre das 9h às 17h nos 22 diretórios municipais. A previsão é que ainda no domingo o vencedor seja conhecido.

Sibá Machado aparece como o candidato da minoria. Ao seu lado tem as tendências Democracia Socialista (DS), Esquerda Popular Socialista (EPS), Articulação e Articulação Sindical (Artsind). O grupo reúne a chamada “velha-guarda” do PT, responsável pela formação do partido no Acre e que se diz desprestigiada pela atual executiva.

Assessor especial de Tião Viana (PT), Ermício tem o discurso de manter as conquistas e avanços do PT na gestão de Leo Brito. Com doutorado na Espanha, o sociólogo atuou em funções importantes do governo petista e tem sua imagem como da “renovação” a que o partido tem se submetido para enfrentar o desgaste dos 15 anos de poder, o que lhe rende vitórias apertadas a cada eleição.

A seu favor Ermício tem a vantagem de contar com a mobilização de toda a estrutura dos cargos comissionados do PT no governo e prefeituras. Esta mobilização e interferência do Palácio Rio Branco no PED é criticada pela ala mais à esquerda, que vê nisso a perda da livre escolha dos filiados no candidato de sua preferência.

Mas, independente de quem vencer, o PT continuará o mesmo para 2014. Defenderá a reeleição de Tião Viana e até uma chapa puro-sangue, com outro petista sendo vice-governador, como ocorreu em 2002 com Jorge e Binho Marques.

Outro embate será a corrida ao Senado. O PT já oficializou a candidatura de Anibal Diniz –suplente de Tião Viana no Senado – mesmo com ele em desvantagem nas pesquisas. A legenda enfrentará queda de braço com o fiel aliado PCdoB, defensor de Perpétua Almeida como candidata única da Frente Popular por estar melhor posicionada nos levantamentos.

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