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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Casamento (quase) perfeito

Começa corrida para a indicação de vice de Tião Viana

Com o ano de 2013 caminhando para as suas últimas semanas, começa dentro da Frente Popular do Acre (FPA) a corrida para a indicação do vice de Tião Viana (PT) em sua tentativa de reeleição no próximo ano.

De olho na vacância da indicação, ante a impossibilidade de César Messias (PSB), o nanico Partido Ecológico Nacional (PEN) decidiu apresentar dois  nomes para vice-governador: os deputados Jamyl Asfury e Élson Santiago.

Apesar de ter a maior bancada dentro da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), com seis parlamentares, na Câmara a legenda não possui nenhuma cadeira. Desta forma o PÈN fica sem minutos para negociar na divisão da propaganda eleitoral. O único poder de fogo se restringe à bancada na Aleac, capaz de comprometer interesses do Palácio Rio Branco.

O próprio líder do governo foi categórico: “O PT vai ter candidato a governador, ao Senado e ainda quer a vice? Assim não dá, política é espaço, e eles [PT] não ganham eleição sozinhos, o conjunto da Frente Popular faz a diferença.”, diz Astério Moreira (PEN).

Diante do grau de comprometimento de grande parte da bancada uma “rebelião” dentro do parlamento está praticamente descartada. Os “penistas” ocupam posições estratégicas, desde a liderança do governo à presidência da Mesa Diretora.

Outro partido que há pouco tempo cogitava a vaga de vice era o PCdoB. O nome do secretário Edvaldo Magalhães (Desenvolvimento) era um dos mais cotados. Mas os comunistas já descartaram esta possibilidade e almejam tão somente a candidatura única de Perpétua Almeida (PCdoB) ao Senado dentro da FPA.

O PSB de César Messias também sonda em permanecer na dobradinha com o PT, mas a falta de nomes pesebistas competitivos os inviabiliza. Nos bastidores os comentários são de que o PT de Tião caminha para uma chapa puro-sangue. Nomes como Leo Brito e Anibal Diniz são os mais cotados para a dobradinha.

Um fator que pesará nesta escolha é a sucessão em 2018. A eventual reeleição de Tião Viana em 2014 levaria o partido a pensar nas acomodações futuras já que Jorge Viana (PT) pode vir a disputar um novo mandato no Senado, e ficando impedido de regressar ao Palácio Rio Branco pela passagem recente de seu irmão.

 Uma renúncia do governador em 2018 para disputar algum cargo garantiria a permanência do PT no governo do Estado.

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