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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Neojesuíta



Deputado defende fim da cultura indígena em aldeias do Alto Purus

João Maurício Rosa
Agência Aleac 

O deputado e pastor Denilson Segóvia (PEN) fez pronunciamento nesta quinta-feira, 17, defendendo a substituição dos rituais indígenas pela fortalecimento da evangelização da etnia Kaxinawá do Alto Purus, no Acre. De acordo com o deputado, os índios daquela região já foram evangelizados há anos pelo padre Paolino Baldassari, de Sena Madureira, mas recentemente a Funai decidiu proibir a prática de cultos religiosos nas aldeias.

Denílson reconhece que os povos indígenas do Acre não praticam o infanticídio como uma conhecida etnia da Amazônia brasileira, mas, segundo ele, “ainda praticam a cultura da pedofilia, da bebedeira e da pajelança, que é o fumo”.

O deputado afirmou que a decisão da Funai de proibir cultos nas aldeias foi tomada depois que seus antropólogos notaram a ausência de indígenas em atividades tradicionais que eles incentivavam. “Eles não compareceram às atividades antigas porque adotaram a Bíblia e deixaram estas festas, a pedofilia, a cultura da bebedeira, da pajelança que é o fumo. A cultura agora é trabalhar, explorar a terra, cuidar da família, construir açudes. Esta cultura civilizada é a que estão aprendendo pela Bíblia”, relatou Denílson Segóvia.

De acordo com ele, são mais de 1.500 indígenas batizados nas águas desde os tempos do Padre Paolino. Denílson garante que um líder Kaxinawá chamado Arlindo disse textualmente: “eu quero ouvir o evangelho através de um cacique da igreja que é o Denilson Segóvia". O deputado criticou a decisão da Funai, pois entende que proibir os missionários "é um atraso de mais de um século, da volta às trevas da ignorância”.

Meu comentário: A ignorância leva o ser humano a duas coisas: a primeira a fazer um pronunciamento ridículo como esse, em segundo lugar ao povo eleger este cidadão como deputado estadual. O povo acreano está pessimamente representado em sua Assembleia Legislativa. Ah, este senhor deputado faz parte da bancada do governador Tião Viana (PT). Agora entendi o choro de Jorge Viana.

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