Deputado defende fim da cultura indígena em aldeias do Alto
Purus
João Maurício Rosa
Agência Aleac
O deputado e pastor Denilson Segóvia (PEN) fez
pronunciamento nesta quinta-feira, 17, defendendo a substituição dos rituais
indígenas pela fortalecimento da evangelização da etnia Kaxinawá do Alto Purus,
no Acre. De acordo com o deputado, os índios daquela região já foram
evangelizados há anos pelo padre Paolino Baldassari, de Sena Madureira, mas
recentemente a Funai decidiu proibir a prática de cultos religiosos nas
aldeias.
Denílson reconhece que os povos indígenas do Acre não
praticam o infanticídio como uma conhecida etnia da Amazônia brasileira, mas,
segundo ele, “ainda praticam a cultura da pedofilia, da bebedeira e da
pajelança, que é o fumo”.
O deputado afirmou que a decisão da Funai de proibir cultos
nas aldeias foi tomada depois que seus antropólogos notaram a ausência de
indígenas em atividades tradicionais que eles incentivavam. “Eles não
compareceram às atividades antigas porque adotaram a Bíblia e deixaram estas
festas, a pedofilia, a cultura da bebedeira, da pajelança que é o fumo. A
cultura agora é trabalhar, explorar a terra, cuidar da família, construir
açudes. Esta cultura civilizada é a que estão aprendendo pela Bíblia”, relatou
Denílson Segóvia.
De acordo com ele, são mais de 1.500 indígenas batizados nas
águas desde os tempos do Padre Paolino. Denílson garante que um líder Kaxinawá
chamado Arlindo disse textualmente: “eu quero ouvir o evangelho através de um
cacique da igreja que é o Denilson Segóvia". O deputado criticou a decisão
da Funai, pois entende que proibir os missionários "é um atraso de mais de
um século, da volta às trevas da ignorância”.
Meu comentário: A ignorância leva
o ser humano a duas coisas: a primeira a fazer um pronunciamento ridículo como
esse, em segundo lugar ao povo eleger este cidadão como deputado estadual. O
povo acreano está pessimamente representado em sua Assembleia Legislativa. Ah,
este senhor deputado faz parte da bancada do governador Tião Viana (PT). Agora
entendi o choro de Jorge Viana.
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