É engraçado ver no Brasil como o capitalismo foi tomado de
assalto pelo PT desde 2003. O Partido dos Trabalhadores foi o que mais
beneficiou as grandes corporações privadas –mais até mesmo que os tucanos na
era das privatizações. Governo e empresas estão numa simbiose constante. Aqui
no Acre este modelo é mais visível; sem o Estado as empresas já teriam ido à
bancarrota.
Veja o exemplo de hoje: um ministro do governo Dilma, Paulo
Bernardo (Comunicações), vem ao Acre participar da inauguração de uma empresa
privada de telefonia, internet e TV a cabo, a Net. Eis a questão: qual a razão
de um ministro pago com recursos públicos estar numa solenidade destas?
Não seria melhor somente a iniciativa privada ser a anfitriã?
Está certo que as empresas de telecomunicações são beneficiadas pela isenção de
impostos e outras benesses do Planalto. A Net é bem-vinda, pois tira o monopólio
da semiestatal Oi.
A Oi, por sinal, é outra agraciada pelas benesses do
capitalismo petista. Não fosse o operário Luiz Inácio Lula da Silva jamais
teria se tornado a gigante do setor no Brasil –agora com o aval de Dilma se
fundiu com a Portugal Telecom.
Nunca antes na história deste país as grandes empresas
receberam tantos auxílios do Estado. O BNDES, mantido com impostos do cidadão,
é quem mais injeta recursos nestes conglomerados. Bilhões e mais bilhões são
disponibilizados a juros zero –enquanto nós somos assaltados pelos bancos convencionais.
Transformar-se numa grande empresa da noite para o dia com
dinheiro público é fácil E o governo petista vem fazendo muito bem este papel. Em
2014 o partido único vai cobrar a fatura com a doação –por estas mesmas
empresas –de volumosos recursos para a campanha eleitoral de Dilma ou de Lula.
A conta o povo paga.
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