O período de convenções ainda está bastante longe, mas o PT
começou nos bastidores uma verdadeira guerra para destruir o aliado PCdoB. Tudo
acontece para enfraquecer a candidatura de Perpétua Almeida ao Senado, e os
petistas ficarem soberanos na corrida sucessória de 2014, mesmo com candidato
sem a mínima simpatia popular, que é Anibal Diniz.
O gesto mais claro ocorreu nesta segunda-feira durante a
coletiva de imprensa realizada pelo governador Tião Viana (PT) para anunciar a
isenção do ICMS da conta de luz para famílias de baixa renda.
O que o governo fez? Deixou o principal defensor da proposta
de fora dos holofotes da imprensa. Moisés Diniz, presidente do PCdoB, é o autor
da polêmica “bolsa ar-condicionado”, que defendia o fim do ICMS na tarifa para
incentivar a compra destes aparelhos por famílias mais pobres para enfrentar o
infernal calor amazônico.
Ao invés de levar o camarada comunista, Tião Viana preferiu
colocar ao seu lado o deputado Élson Santiago (PEN), símbolo da velha
oligarquia acreana, que há quase três décadas fincou cadeira na Assembleia
Legislativa servindo a todos os governos.
Para tentar emplacar seu candidato ao Senado, Tião colocou
Anibal à sua direita, numa tentativa do senador sem votos ganhar popularidade
entre os eleitores de baixa renda. Moisés Diniz e o PCdoB passaram longe da
fotografia.
O cabo de guerra entre petistas e comunistas foi iniciado quando o PCdoB oficializou
Perpétua ao Senado no dia 12 de outubro, em evento que teve a participação de
Tião. Como reação o PT bateu o martelo em torno de Anibal na última sexta,
deixando bem claro que não vai ceder a vaga ao PCdoB.
É pouco provável saber
o capítulo final deste enredo político. A relação entre os dois maiores
políticos da Frente Popular está azedada desde 2012, quando Perpétua Almeida
foi às últimas consequências para ser a candidata do governo à prefeitura de
Rio Branco. Não conseguiu, levou o tombo do Palácio Rio Branco (com a
conveniência de membros do PCdoB).
Que venha 2014
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