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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Miséria sustentável



Uma reportagem deste fim de semana na “Folha de S Paulo” mostrou que os repasses do Bolsa Família para os beneficiários do Acre já superam as transferências do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). O dado é preocupante, pois mostra o grau de pobreza do Estado e a quantidade de pessoas dependentes do programa assistencial. Os números mostram que muito pouco foi feito nos últimos anos para o Acre ter uma economia mais diversificada e capaz de gerar a distribuição de renda.

O Acre, segundo o jornal, tem como vizinho nesta vergonhosa situação o Maranhão, propriedade do clã Sarney, e que há décadas figura como um dos Estado mais miseráveis do País. Aliás, Acre e Maranhão também dividem posições nada confortáveis em rankings que vão da educação à saúde, passando pelo IDH.

Na grande maioria dos municípios, o Bolsa Família é o principal indutor da economia. Sem este benefício o comércio destas cidades ficaria quase sem movimentação. A suspensão dos pagamentos sociais causaria uma situação de falência e crise econômica no Estado.

Estes dados sinalizam que 2014 não poderá ficar restrito a um candidato acusando o oponente de formar “panelinha” e outro relembrando uma tal “vaca mecânica”. O Acre vive hoje um momento difícil em sua economia. Alternativas sérias precisam ser propostas para tirar estas milhares de pessoas da dependência do assistencialismo estatal.

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