Uma reportagem deste fim de semana na “Folha de S Paulo”
mostrou que os repasses do Bolsa Família para os beneficiários do Acre já
superam as transferências do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). O dado
é preocupante, pois mostra o grau de pobreza do Estado e a quantidade de
pessoas dependentes do programa assistencial. Os números mostram que muito
pouco foi feito nos últimos anos para o Acre ter uma economia mais
diversificada e capaz de gerar a distribuição de renda.
O Acre, segundo o jornal, tem como vizinho nesta vergonhosa
situação o Maranhão, propriedade do clã Sarney, e que há décadas figura como um
dos Estado mais miseráveis do País. Aliás, Acre e Maranhão também dividem
posições nada confortáveis em rankings que vão da educação à saúde, passando
pelo IDH.
Na grande maioria dos municípios, o Bolsa Família é o
principal indutor da economia. Sem este benefício o comércio destas cidades
ficaria quase sem movimentação. A suspensão dos pagamentos sociais causaria uma
situação de falência e crise econômica no Estado.
Estes dados sinalizam que 2014 não poderá ficar restrito a
um candidato acusando o oponente de formar “panelinha” e outro relembrando uma
tal “vaca mecânica”. O Acre vive hoje um momento difícil em sua economia.
Alternativas sérias precisam ser propostas para tirar estas milhares de pessoas
da dependência do assistencialismo estatal.
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