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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Paliativo médico

Governador do Amazonas fala em “sabotagem” no sistema público de Saúde 

José Melo diz que sistema de Saúde amazonense está sobrecarregado com atendimento a pacientes de Estados vizinhos como Acre e Roraima 


O governador do Amazonas, José Melo (Pros), informou nesta segunda-feira (11) que o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública vai investigar possíveis sabotagens ocorridas nos principais hospitais públicos de Manaus. A investigação, segundo ele, se faz necessária pelas constantes ocorrências de equipamentos hospitalares quebrados e fora de uso. Melo comentou achar estranho que aparelhos de alta tecnologia e recém-comprados apresentarem falhas com pouco tempo de uso.

Desde o final de 2015 parte dos servidores da Saúde fazem protestos denunciando o que consideram o “caos” na rede pública. O movimento tem como um de seus líderes o Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam).

“Abrimos uma sindicância para investigar isso [equipamentos com defeitos], porque isso não é comum. De repente os aparelhos vivem queimando toda hora, aí vem uma linha de críticas aos hospitais, mas o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública está investigando tudo isso”, declarou o governador.

Em dezembro o governo amazonense negou qualquer “caos” no sistema público de Saúde. José Melo afirma que, mesmo com a queda de receitas e repasses federais, “o Amazonas tem o melhor sistema de Saúde pública do Brasil”. O problema, diz o governador, está na sobrecarga de atendimentos.

De acordo com ele, além de ter que atender toda a população local, os hospitais de Manaus ficam sobrecarregados com pacientes dos Estados vizinhos, como Acre, Roraima e Pará.

“Os nossos irmãos vizinhos do Acre, Rondônia, Roraima e do sul do Pará vêm para o Amazonas, porque aqui nós temos unidades especializadas para fazer um tratamento especializado”, afirmou ele, durante evento de inauguração de um Centro de Direitos Humanos em Manaus.

O governador ainda negou denúncias de atrasos nos salários dos servidores, afirmando que o Estado tem repassado todos os recursos para as empresas terceirizadas responsáveis pelo gerenciamento de pessoal dos hospitais. Melo afirma que, se há atrasos, a responsabilidade é das empresas.  

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