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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Tapete estendido, e arrastado

Fecharam-se as urnas e abrem-se os tribunais. O momento é de decidir quem é quem das eleições de outubro nas instâncias da Justiça Eleitoral, podendo chegar até ao todo-poderoso Supremo Tribunal Federal (STF). As denúncias são várias e para todos os gostos.

E os mais interessados em derrotar no tapetão seus adversários investigados pela polícia e Ministério Público são aqueles que podem se beneficiar, ou até mesmo um fogo-amigo para enfraquecer potenciais ameaças internas.

O caso mais recente é do jornalista Alan Rick (PRB), eleito deputado federal aos 45 minutos do segundo tempo. Até o anuncio final, travava duelo com Marfisa Galvão (PSD), mulher do senador Sérgio Petecão (PSD). E Petecão é acusado por Rick de perpetrar todo o processo. Mas vale ressaltar que este é um caso investigado desde Brasília, dentro do Ministério da Pesca, e trazido à tona pelo “O Estado de S. Paulo”.

Outra que também poderia vir a ser cassada é a filha do casal Sales, de Cruzeiro do Sul, Jéssica Sales (PMDB). A dúvida é saber os métodos de sua eleição já que, dias antes do registro da candidatura, nem morar no Acre morava. Houve abuso da força econômica ou política?

Sabemos hoje que uma eleição é um negócio, requer muito investimento financeiro. Nos bastidores comenta-se que uma eleição de deputado federal não sai por menos de R$ 5 milhões. As vagas são poucas (oito) e a concorrência é grande. Por isso quem tiver a melhor estrutura, leva. Só isso para explicar a eleição do desconhecido e nada carismático Leo Brito (PT).

Ele era um dos nomes do Palácio Rio Branco, e contou, segundo informações, com um grande aparato das máquinas do partido e do governo para a sua tão perseguida eleição.

Neste bojo os únicos a não necessitarem tanto do poderio econômico estão o ex-prefeito Raimundo Angelim (PT) e o deputado estadual Major Rocha (PSDB). Angelim por sua excelente memória eleitoral. Já o tucano por sua referência enquanto líder da oposição. (Ele afirma ter feito uma campanha a pão e água).

Até que se prove o contrário, todos os vencedores elegeram-se pela vontade popular, ficando os seus votos livres de quaisquer vicio ou influências externas corruptivas. (E nós, eleitores, fingimos acreditar nisso).

À polícia e ao MP cabem a investigação, e à Justiça aceitar ou não as denúncias. Até lá serão muitas especulações e uma guerra de informação, com acusações de derrotados e vitoriosos.
   

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