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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Mais valor à educação, professor Tião

É espantosa a forma como a sociedade acompanha de forma indiferente a notícia de que o governo vai cortar o salário dos professores provisórios da rede estadual. Não se trata de um boato ou informação especulativa, mas um fato que me foi relatado por alguns destes professores que serão castigados pela política de contenção de gastos. É inaceitável que uma gestão que tanto mostra orgulha de seus números na educação, escolha um setor tão primordial para conter o seu descontrole na gastança dos recursos.

O Palácio Rio Branco abriga milhares de cargos de indicações partidárias em sua estrutura. São incontáveis cargos comissionados que muitas das vezes ganham para nada fazer, ou apenas contratados para atuarem como caçadores de votos a cada eleição. O Acre opera em seu limite de gasto com a folha de pessoal imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Ao cortar salários de professores, a gestão Tião Viana (PT) dá exemplo de um verdadeiro descompromisso com a educação básica, logo ele um professor da Universidade Federal do Acre (Ufac). Só em manter estes profissionais em contratos provisórios já é uma mostra explícita do não compromisso do governo com uma educação pública de excelência.

Ter estes trabalhadores reféns da instabilidade no emprego tem sido uma das melhores formas do governo de conquistar votos em período eleitoral, e que pode até render a eleição de ex-secretários da área. Afinal, são milhares de famílias que dependem destes salários para a sua sobrevivência. O salário, por acaso, não é o dos melhores –mas em é preciso ser justo e reconhecer que o Acre paga muito além de outros Estados.

O professor Tião Viana precisa rever esta estratégia sem precedentes de sua equipe de planejamento em cortar o salário dos professores. Voltar atrás é manter a valorização da categoria é uma demonstração dele de respeito para com os mestres e o futuro digno para a juventude acreana.

Outro passo para uma educação de qualidade deve ser concurso para contratos definitivos, tirando os professores deste terrorismo eleitoral a que são submetidos de dois em dois anos.

A resposta final cabe o professor de medicina Tião Viana.

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