Desde a trágica morte de Eduardo Campos ela passou a ser o centro das atenções. De acordo com informações, do empate técnico com Aécio Neves (PSDB) apontado pelo Datafolha na semana passada, a ex-senadora já está bastante encostada em Dilma Rousseff (PT). Num segundo turno com a presidente, a ex-senadora venceria numa espécie de Alemanha contra Brasil (7 a 1).
A “nova política” pregada por Marina tem chamado a atenção do eleitor, fadigado da polarização do “bem contra o mal”; ou seja, PT x PSDB. Seus discursos agradam ao eleitor em busca da renovação na política brasileira.
Que ela representa o novo isso não podemos negar, mas olhando seu comportamento político desde o rompimento com o PT em 2010, veremos que em nenhum momento ela cortou os laços umbilicais com o petismo acreano há 16 anos no poder –e até se beneficiou dele.
Até o último dia 18 seu marido, Fabio Vaz, recebia um salário de R$ 18 mil do governo de Tião Viana (PT). Durante a gestão Binho Marques (PT) (de quem Marina e Vaz sempre foram mais ligados na área “florestana” do PT), o companheiro da ex-ministra era apontado como o braço direto do agora secretário do MEC. A mesma influência foi exercida com Jorge Viana (1999-2006).
Disputando a Presidência pelo PV quatro anos atrás, e com laços desfeitos com os petistas, ela apoiou a candidatura de Tião Viana (PT); em 2014 é certo que seu gesto se repita, já que o PSB mantém juras de amor ao governo. Em 2012 veio a Rio Branco para subir no palanque de Marcus Alexandre (PT).
Marina Silva posiciona-se a favor da nova política, mas em sua terra natal faz vista-grossa com a política retrógrada dos (ex) companheiros de legenda. Para se manter há 16 anos no governo o petismo tem recorrido aos métodos mais velhos e antidemocráticos.
Censura com força a imprensa, coopta as lideranças sindicais, desconfigura os demais Poderes, pratica fisiologismo do leilão de cargos em troca de apoios e faz alianças com o que há de mais atrasado da política acreana. Nada disso, contudo, impede que a presidenciável rompa com a idosa gestão petista. É a máxima do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.
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