O petista, por sua vez, também ficou no roteiro ao apresentar a família na exposição de largada e mostrar os feitos de sua gestão para convencer o eleitor a lhe dar mais quatro anos.
É certo que esta linha paz e amor não perdure por muito tempo. A depender do resultado das pesquisas nas próximas semanas para aferir o impacto da propaganda no rádio e TV, os candidatos podem mudar a postura. Se Tião Viana observar o crescimento de Márcio Bittar, a tendência é partir para ofensiva e ir para o tudo ou nada.
Do outro lado a mesma coisa; se Bittar constatar o crescimento e não a queda de Viana, a solução é vestir a farda e preparar o armamento. Ao se observar as pesquisas Ibope e Delta de semanas atrás, há mais probabilidade de crescimento da candidatura tucana. Bittar tem o menor índice de rejeição entre os eleitores, o maior tempo de exposição e um programa eleitoral cuja qualidade técnica não deixou a desejar –ao menos na estreia.
Apesar de ser o vice líder em rejeição, Tião Viana tem o seu governo bem avaliado, e isso ajuda muito. Ao longo da campanha trabalhará para convencer o eleitor de que ele é a “mudança continuada”, que a troca do “certo pelo duvidoso” pode colocar em risco as “conquistas” dos últimos anos.
Em resumo, a campanha na mídia vai depender muito do humor do eleitor. Se ele tender para a troca de governo, a oposição sai ganhando, mas se for convencido de que o momento ainda não é propício para alterações, tudo continua como está.
Para passar suas mensagens, os candidatos terão como concorrentes o controle remoto e a internet. Na época da popularização da TV por assinatura, muitos preferem mudar de canal no início da propaganda eleitoral obrigatória –e antigamente sem escapatória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário