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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A crise de Tião Viana

As projeções econômicas para o Acre não são nada positivas para 2013. A crise financeira mundial continua a abalar a confiança de todos. A Europa enfrenta dificuldades em sair do sufoco, a recuperação econômica dos EUA é lenta e a China dá sinais de cansaço. O Brasil ainda vai bem, mas com sérios sintomas da crise. O governo mantém e aprimora os instrumentos anticrise.


O principal deles é diminuir a carga tributária para manter o consumo em alta. Como consequência, o governo arrecada menos. Ai quem fica prejudicado são os Estados e municípios que dependem diretamente das transferências da União, como o Fundo de Participação dos Estados e Municípios –FPE e FPM.


Para complicar ainda mais a situação o Planalto quer um ponto final na guerra fiscal do ICMS. Sua proposta é uma alíquota única de 4% para todos os Estados. Para o Acre essa redução seria um desastre. Para um Estado que tem alíquota de 17% e ir para 4% seria a bancarrota. É com parte do dinheiro do ICMS que o Palácio Rio Branco mantém sua inchada máquina administrativa e paga os empréstimos.


Dilma Rousseff apresenta como solução para os Estados, R$ 129 bilhões do BNDES em 2013. É claro que esta montanha não sairá de graça. Banco é banco (não importa se estatal ou provado), tem que pagar a fatura. O Acre já está até o pescoço em dívidas com instituições financeiras. Os petistas dizem que ainda estamos dentro do limite de endividamento, mas as projeções não são positivas.


Apelar para este dinheiro pode ser uma boa solução momentânea, mas implicará em dificuldades futuras. A nossa capacidade de arrecadação é pífia. Incide diretamente sobre o consumo das famílias, cuja renda está ficando cada vez mais comprometida. Não temos indústria, nosso mercado consumidor é fraco.


A expectativa é sobre o comportamento de Tião Viana em relação a este aperto fiscal que o Acre precisará enfrentar em 2013, ano de sua pré-reeleição. Tomara que ele atue como um político comprometido com o Estado e não se deixe levar pelo populismo da gastança irresponsável e sem calcular os prejuízos que  a população terá de pagar.

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