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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

O custo da preservação

 ‘Todos têm responsabilidade para ajudar a cuidar da Amazônia’, diz Lula para parlamentares europeus


 

O candidato afirmou que o Brasil não abre mão de sua soberania sobre a floresta, mas que precisa da cooperação internacional para protegê-la

 

 

Lula em reunião com os parlamentares europeus (Foto: Ricardo Stuckert)

 

 

Em reunião realizada nesta segunda-feira (29) com integrantes do Parlamento Europeu, em São Paulo, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, colocou questões sobre a preservação da Amazônia como um dos principais temas debatidos. O petista afirmou que, caso retorne ao Palácio do Planalto, fortalecerá as relações do Brasil com a União Europeia com vistas a desenvolver ações para a proteção da Floresta Amazônica.


Para Lula, o país tem um papel de liderança nas discussões sobre o enfrentamento às mudanças climáticas. Esse protagonismo passaria, necessariamente, pela preservação da floresta. Lula também afirmou que o Brasil não abre mão de sua soberania sobre o território da Amazônia, mas que precisa da cooperação internacional para protegê-la.  

“Eu quero dizer a vocês que se nós ganharmos as eleições, vai ficar muito bem claro que o Brasil precisa da União Europeia. Nós precisamos de ajuda, nós precisamos de parceria, seja do ponto de vista de investimentos, de troca de ciência e tecnologia, seja do ponto de vista da participação na construção de um mundo efetivamente limpo, sem a emissão de gás carbonico”, disse o petista.

Ao destacar que, apesar de a Floresta Amazônica estar inserida no território brasileiros e dos países vizinhos da América do Sul, a sua preservação é de interesse global.  

“O Brasil pretende construir parcerias com muitos países para que a gente possa dizer que, embora o Brasil seja o dono do território da Amazônia, a Amazônia é de interesse de sobrevivência da humanidade e, portanto, têm responsabilidade para ajudar a cuidar da Amazônia”, ressaltou.

O presidenciável afirmou ainda que seu governo não vai transformar o bioma num santuário. De acordo com Lula, o Brasil pode extrair riquezas da Amazônia, a partir de sua biodiversidade, capaz de sustentar os 30 milhões de moradores da região.

Por mais de uma vez, o candidato afirmou o compromisso de fortalecer a relação do Brasil com a União Europeia se for eleito presidente. O relacionamento do país com o bloco europeu ficou comprometido, justamente, por questões da desconstrução das políticas de proteção da Floresta Amazônica, iniciada após a posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República, em 2019. De lá pra cá, as taxas de desmatamento e queimadas dispararam.

As cenas de devastação do bioma, mais a não reação do governo para combater os crimes ambientais, chamaram a atenção do mundo, o que provocou a reação de líderes europeus.  A Noruega, por exemplo, principal financiador do Fundo Amazônia, deixou de enviar recursos. A não aprovação do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia também é vista como consequência da desastrosa política de meio ambiente do governo Jair Bolsonaro.  


Leia a reportagem completa em ((o)) eco

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