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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Futuro Amazônia

Não existirá futuro sem preservar a Amazônia, diz Mercadante ao assumir controle do Fundo Amazônia


Petista diz que uma das prioridades do fundo será reestabelecer o combate ao desmatamento e o apoio às comunidades mais vulneráveis 

 

 

Mercadante, novo presidente do BNDES e gestor do Fundo Amazônia (Foto:AB)
 

Ao tomar posse como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em evento com a presença do presidente Lula nesta segunda-feira (6), no Rio de Janeiro, Aloizio Mercadante dedicou parte de seu discurso para tratar do retorno das atividades do Fundo Amazônia e a necessidade de se apoiar uma economia de reduzido impacto ambiental, em meio às emergências climáticas no mundo.

Após ficar desativado nos últimos quatro anos por conta do desmonte da política ambiental promovida pelo governo Jair Bolsonaro (PL), o Fundo Amazônia voltou a existir após a assinatura de medida provisória por Lula, em seu primeiro dia de mandato.  

“Não existirá futuro sem preservar a Amazônia e outros biomas. Essa será a prioridade do BNDES do futuro”, disse Mercadante, ao destacar que a busca pelo fortalecimento de uma economia verde e de baixo carbono será uma de suas prioridades à frente do banco de fomento.

“Nosso planeta não tem chance de sobreviver e de prosperar se o sistema econômico e financeiro não mudar radicalmente para enfrentar a emergência climática e social.”.

De acordo com Aloizio Mercadante, a nova gestão do Fundo Amazônia estará voltada para três diretrizes básicas: restabelecer as condições necessárias para as ações de comando e controle que visem o combate ao desmatamento ilegal; viabilizar projetos econômicos de fomento ao desenvolvimento sustentável da região, com a manutenção da floresta em pé; e desenvolver a infraestrutura, a indústria limpa e a pesquisa científica, gerando novas oportunidades de emprego para os povos da Amazônia.

Criado em 2008, ainda no segundo mandato de Lula, o Fundo Amazônia capta recursos a partir de doações internacionais de governos e empresas. A Noruega e a Alemanha são os dois maiores financiadores. Tanto Berlim quanto Oslo deixaram de enviar recursos devido ao fato do governo Bolsonaro  promover alterações no conselho gestor do fundo, além do fato de o Brasil adotar uma política antiambiental que levou o bioma a registrar taxas recordes de desmatamento e queimadas.

Tão logo Lula foi anunciado vencedor das eleições presidenciais de 2022, a Noruega sinalizou disposição em retomar a parceria com o Brasil – mesma posição adotada pela Alemanha. Em janeiro, o país anunciou o repasse de 35 milhões de euros para o restabelecimento do Fundo Amazônia.

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