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sábado, 7 de setembro de 2019

Independência ou fogo!

Neste 7 de setembro, aqui pelo Acre, costumamos dizer que o povo celebra a Independência brasileira botando fogo no mato. Nos últimos anos, esta tem sido a data preferida para a fogueira na floresta. Não há uma explicação científica-antropológica para tal comportamento.

No meu entender, creio que isso se dá por as pessoas acreditarem haver menos fiscalização em andamento no Dia da Pátria. Por as tropas estarem mobilizadas para os desfiles militares, penso eu, o homem do campo aproveita para queimar o roçado e limpar as áreas já derrubadas crentes que não serão incomodadas.

Sendo esta ou não a grande explicação, o fato é que setembro também é um mês de muitas queimadas. Apenas nestes sete primeiros dias do mês, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Acre registrou quase 600 focos de queimadas – um número alto para um intervalo de tempo tão curto.

Feijó, Tarauacá e Sena Madureira continuam como o trio campeão no número de queimadas no Acre neste mês que se inicia – repetindo o registrado em agosto. O número chama a atenção mesmo com as chuvas frequentes em todo o estado nos últimos dias, incluindo um temporal em Rio Branco que, por muito pouco, não deixou a cidade destruída.

Pode ser um claro sinal de que as chuvas ainda não têm sido suficientes para deixar o ambiente bastante úmido, evitando a proliferação do fogo. Estes números iniciais de setembro mostram que o sinal de alerta das autoridades ainda não pode ser desativado.

Ao longo do mês, as chuvas costumam ser escassas, criando um ambiente propício para as queimadas. O recado está dado. 

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