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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Novos jesuítas

Site da Funai é alvo de protesto de hacker contra indicação de pastor para presidência do órgão

Da Amazônia Real

O site da Funai  (Fundação Nacional do Índio) é alvo de um protesto contra a suposta indicação do pastor evangélico Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC (Partido Social Cristão), para assumir o cargo de presidente do órgão. Quem assina o protesto é o hacker Anon.

O pastor Everaldo assumiria o cargo no lugar do atual presidente João Pedro Gonçalves Costa, que é do PT, mas foi indicado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, no dia 12 de maio, Costa não pediu demissão. Ele espera uma posição do governo Michel Temer (PMDB-SP).

O protesto do hacker Anon começou por volta das 19h (20 em Brasília). A equipe da Amazônia Real fazia pesquisa no site da Funai. Na página apareceu a imagem do símbolo do hacker: um homem vestido com paletó e gravata pretos, blusa branca, ilustração símbolo do Anon. No lugar da cabeça há uma cruz na cor vermelho sangue, o que confirma o protesto contra o partido religioso.

A Amazônia Real procurou a assessoria de imprensa da Funai para falar sobre o protesto, mas o órgão não comentou o caso.

As especulações sobre a indicação de um pastor evangélico para assumir a Funai começaram na semana passada quando o colunista Leandro Mazzini, do “Jornal de Brasília”, divulgou uma nota dizendo que o PSC, que apoia o governo interino de Michel Temer, pediu a presidência da Funai.

O partido é presidido pelo ex-candidato à Presidência da República, pastor Everaldo Pereira (RJ).

Desde então, sites que apoiam a questão indígena criticam a indicação, uma vez que o PSC é classificado como um partido de políticos conservadores, da bancada evangélica e apoiadores da PEC 215, que pode alterar o processo de demarcação das terras indígenas, passando a competência da Funai para o Congresso.

A Amazônia Real procurou o PSC para saber se o partido vai indicar o novo presidente da Funai, mas a assessoria negou. Disse que o partido não recebeu convite do governo Temer e nem fez indicação do nome do pastor Everaldo Pereira para o cargo.


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