Relatório elaborado pelo Banco Mundial e divulgado pela “Veja” desta semana apresenta o óbvio: o modelo de desenvolvimento sustentável adotado nas reservas extrativistas na Amazônia e em outras áreas de floresta ao redor do mundo não tem resultado em seu principal objetivo: reduzir a miséria a que está submetido o chamado povos da floresta. A exploração sustentável dos recursos naturais não tem sido a garantia de que os moradores dês reservas ambientais assegurem a melhoria na qualidade de vida.
A reportagem cita o exemplo da fábrica de preservativos Natex, em Xapuri. Por conta da falta de infraestrutura, a fábrica aproveita apenas 10% de toda a produção de borracha da Reserva Chico Mendes; sendo assim, a maioria dos seringueiros não consegue vender a produção.
O objetivo do Banco Mundial era justamente avaliar os benefícios de empreendimentos financiados pela instituição, como a Natex. A principal meta com estes aportes seria assegurar a estas famílias sua sobrevivência na floresta, sem precisar destruí-la com a pecuária ou agricultura em média ou grande escala.
O relatório concluiu que o melhor modelo para a relação homem-floresta é o pagamento direto em dinheiro. Ou seja, os governos recompensam financeiramente os “florestanos” que decidirem manter a biodiversidade intacta.
Mas não adianta ser qualquer monta; é preciso assegurar uma boa renda. Segundo o banco, os melhores modelos desta prática estão no México e na Costa Rica. O Brasil tem tais experiências, mas os resultados não são satisfatórios.
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