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sábado, 10 de agosto de 2019

O dinheiro virou fumaça

Alemanha decide cortar verbas para a Amazônia: medida pode afetar Acre 

A decisão do governo da Alemanha de não mais enviar recursos para projetos na Amazônia por conta do crescimento recorde do desmatamento poderá ter reflexos diretos no Acre. 

Os alemães são os principais financiadores das políticas acreanas de pagamento por redução do desmembramento e degradação da floresta, o Redd+. Até 2021, o Acre poderia receber R$ 130 milhões do governo alemão por meio de seu banco de fomento KFW. 

Conforme previsto em contrato, a condicionante para o estado receber estes recursos seria não ultrapassar o limite anual de 434 km2 de desmatamento. Hoje o Acre tem as taxas mais elevadas da região e, para especialistas, passará este teto ante o ritmo crescente de destruição da floresta. 

Em 2018, ainda nos governos petistas e suas políticas ambientais mais rigorosas, o Acre registrou - segundo o Inpe - 393 km2 de desmatamento, chegando bem perto do limite. 
A decisão de não mais financiar projetos na Amazônia foi anunciado neste sábado, 10, pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha. 

Entenda mais sobre a questão no artigo Sem floresta, sem dinheiro 
Entre 2012 e 2017, o Acre já tinha recebido € 25 milhões (R$ 105 milhões) por seu desmatamento ter ficado abaixo do teto estabelecido. 

Sem estes recursos, vários projetos correm o risco de parar no Acre, incluindo o pagamento de subsídios para a produção de borracha, visto como o último mecanismo para garantir algum fôlego à economia extrativista.

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