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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

A meta é afrouxar

 
O governador do AC, Gladson Cameli, em fazenda de soja no estado (Foto: Odair Leal/Secom)


Plano de metas do governo do AC prevê revisão de licenças ambientais para agronegócio 

O novo governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), cuja principal promessa de campanha foi transformar o estado na nova fronteira agrícola do Norte, aos poucos vai colocando em prática o objetivo. Uma de suas primeiras medidas será a revisão das regras de licenciamento ambiental concedidas pelo governo estadual para as atividades rurais.

A flexibilização destas regras e uma atuação menos rígida dos órgãos de fiscalização ambiental são apontadas como a “segurança jurídica” vendida pelo novo governo acreano para atrair os grandes investidores do agronegócio, sobretudo os de Rondônia e Mato Grosso.

A revisão do licenciamento ambiental foi apresentada durante reunião entre o governador Gladson Cameli e os seus 14 secretários na tarde desta quarta-feira, 16, para definir o plano de meta dos próximos 100 dias.

De acordo com o governo, essa análise da legislação estadual em vigor que trata da concessão de licenciamento ambiental será conduzido pela recém-criada Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), liderada por Paulo Wadt, “importado” de Rondônia e com passagem pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Acre.

Os trabalhos serão feitos em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), comandada por Israel Milani, nome ligado aos ruralistas acreanos e sem expertise ou histórico de atuação na área ambiental acreana.  

A atuação rigorosa dos órgãos estaduais ligados ao meio ambiente é apontado como uma das principais causas para travar o desenvolvimento da economia rural, afugentando potenciais investidores. Com um eventual afrouxamento a ser feito pelo governo Gladson, grandes investidores terão a garantia de não serem incomodados por fiscalizações.

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