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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Efeitos climáticos

A estiagem atípica no Acre neste período do chamado “verão amazônico” preocupa cientistas especializados na área do clima. Para eles, a intensa falta de chuvas pode provocar sérios impactos sociais e econômicos no Estado. É o que analisa o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Conforme as previsões do Cemaden, o volume de chuvas até setembro ficará bem abaixo do já normal para os próximos meses. A situação no Acre ficou agravada por um período chuvoso anormal, quando os níveis de precipitação não atingiram a média do período. A escassez é explicada pelo fenômeno El Niño, o aquecimento das águas do Pacífico, que provoca o desequilíbrio do clima em todo o mundo.

No Brasil, a consequência é menos chuvas no Norte e mais no Sul. “Identificamos a necessidade de acompanhar com análises e previsões o fenômeno de seca no Acre e os seus impactos sociais e econômicos na região. Esses estudos são importantes para fornecerem subsídios na tomada de decisões dos gestores públicos.”, afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, meteorologista Marcelo Seluchi.

Entre os impactos que podem ser causados pela estiagem mais rígida estão o desabastecimento de água para comunidades rurais –e até urbanas – queda na produção agrícola e animal, mais os riscos de incêndios descontrolados proporcionados por uma vegetação seca.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dois municípios do Acre estão na lista dos 10 primeiros no ranking de focos de incêndio: Rio Branco, com 18 focos, e Tarauacá, com nove. Estes são dados referentes às primeiras horas desta terça (19). Ainda de acordo com o Inpe, neste primeiro semestre de 2016 o Acre já registrou 279 focos de incêndio; durante todo o ano passado foram 87.

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