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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Pouca água, muito fogo

Tempo seco leva Roraima a decretar situação de emergência por conta de incêndios

El Niño é apontado como causa para baixo volume de chuvas no “inverno amazônico”, criando ambiente propício ao fogo

As chuvas escassas neste período do “inverno amazônico” –época em que as precipitações pluviométricas são mais intensas – levou o governo de Roraima a decretar situação de emergência em 95% dos municípios por conta dos incêndios florestais. Uma das áreas afetadas está a Terra Indígena Yanomami, a maior do País, com quase 10 milhões de hectares.

Entre as medidas adotadas pelo governo de Roraima está o reforço das equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil para o combate às chamas, além do fornecimento de alimento e água potável aos municípios mais afetados. Por conta da escassez de chuvas, os rios do Estado estão em seus níveis mais baixos para o período.

No caso da terra indígena, o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atua com seus brigadistas para tentar controlar os focos. A falta de chuva contribui para deixar a vegetação seca, propícia para a proliferação das chamas.

A principal causa apontada por especialistas para a falta de chuvas em partes da região Norte neste “inverno amazônico” é o fenômeno climático El Niño –o aquecimento das águas do oceano Pacífico que provoca o desequilíbrio do clima.

Cientistas afirmam que este será um dos El Niño mais intenso já registrado, superando o de 1997/1998. Além de Roraima, as chuvas estão abaixo do normal e provocando a redução do nível dos rios no Acre, Amazonas e Rondônia.

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