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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Pouca água, muito fogo (2)

Estiagem leva cidades do Amazonas a decretar situação de emergência 

A forte estiagem que provoca o baixo volume de chuvas na Amazônia tem levado prefeituras da região a decretar situação de emergência. Entre as consequências da pouca quantidade de chuvas estão os incêndios em áreas de floresta e o nível dos rios abaixo das cotas normais para o período. Além de fonte de abastecimento, os rios são as “estradas” para grande parte de cidades isoladas.

Após 13 dos 15 municípios de Roraima decretarem emergência, agora quatro prefeituras do Amazonas adotaram a mesma medida.  Entre elas está a de Presidente Figueiredo (distante 110 km de Manaus).

A cidade é conhecida pela inúmera quantidade de balneários oferecidos a turistas de todo o País. As cachoeiras de Presidente Figueiredo já não dispõem do mesmo volume de água que atraia banhistas.

Além de enfraquecer a principal atividade econômica de Presidente Figueiredo, a estiagem deixa algumas das comunidades ribeirinhas do município isoladas, comprometendo o abastecimento de água potável e alimento.

A Defesa Civil tem providenciado o fornecimento de água com carros-pipa aos vilarejos que contam com ligação rodoviária. Outras cidades que enfrentam problemas com o baixo volume dos rios são Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, ambos localizados na calha do Alto Rio Negro.

Em Barcelos, na fronteira com a Venezuela, o problema é o fogo. Grandes áreas de mata têm sido destruídas pelas chamas. Em janeiro foram registrados quase 380 focos de incêndio.  Durante todo o ano passado, o Amazonas registrou mais de 15 mil focos de queimadas.

Especialistas atribuem ao fenômeno climático El Niño o motivo para o baixo volume de chuvas durante os meses do chamado “inverno amazônico”. A previsão é que fenômeno climático, provocado pelo aquecimento das águas do Pacífico, se estenda até o fim de março, com seus efeitos se prolongado entre maio e junho.

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