Num gesto considerado audacioso, Jorge Viana afirma que vai trabalhar para atrair os partidos da base de Dilma em Brasília, mas que no Acre fazem oposição ao PT e estarão no palanque de Aécio Neves (PSDB). Entre estes partidos está o PMDB do vice Michel Temer. No Acre é notório que os peemedebistas há 16 anos fazem oposição ao petismo e sempre estiveram em palanques opostos ao do partido no plano nacional.
Apesar desta postura, há a informação de que, na votação para definir os rumos do partido este ano, os convencionais acreanos votaram pelo apoio a Dilma. Outra sigla em encrencas é o PP do candidato ao Senado Gladson Cameli. Oposição no Acre e sempre declarando apoio a Aécio Neves, Cameli se depara com o PP num cabo de guerra para decidir como se comporta em 2014: se com Dilma, Aécio ou neutro.
Ainda nesta lista aparecem PR e PSD. O PR acreano mais parece um templo evangélico, e será difícil os religiosos apoiarem Dilma com os ideais liberalizantes do PT (casamento gay, descriminalização da maconha e aborto). Mas como na política se vê de tudo, milagres acontecem a cada minuto.
O PSD do senador Sérgio Petecão é mais maleável. Porém, por conta da liderança de um senador da República no Acre e com o perfil de sua militância, é difícil ver a militância “pesedista” levantando a bandeira de Dilma ou do PT. Isso não cabe somente ao PSD, mas inclui PP, PMDB e PR.
A militância destas legendas há tempos caminha no campo da oposição e sofre com os ataques frequentes oriundos da Frente Popular, comandada por Jorge Viana. O petista pode até aplacar os ânimos dos dirigentes dos partidos de dupla face (oposição aqui, base lá), mas será difícil levar o conjunto da obra.
O mais provável nesta ocasião é Jorge Viana convencer os presidentes a não se empenharem na campanha de Aécio Neves, fazer um corpo-mole. É para isso que o eleitor precisa estar atento, se de fato o senador petista logrou êxito em sua tentativa e que tipo de acordos foram feitos por cima nos partidos camaleões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário