(Arte:Ray Melo/AC24horas) |
Diz-se que apenas os mais notáveis podem ocupar função tão prestigiada. Em 2018, quando duas cadeiras estão na disputa, os mais nobres dos acreanos estão nessa corrida. E essa nobreza aqui é no sentido de poder aquisitivo dos candidatos.
Dados levantados junto à prestação de contas dos sete postulantes ao cargo mostram que quatro apresentam uma respeitada posse de bens, com expressiva evolução do patrimônio nos últimos anos.
O caso do emedebista Márcio Bittar é o que mais chama a atenção. Mesmo sem ter ocupado função pública nos últimos quatro anos e declarar a profissão como historiador, seu patrimônio evoluiu 314% de 2014 para cá; naquele ano, ele perdeu para Sebastião Viana (PT) a disputa pelo governo do Acre.
Há quatro anos, o então governadorável tucano declarou ao TRE um patrimônio de R$ 1,5 milhão. Agora, desempregado na política no período e filiado ao MDB de Michel Temer, ele é dono de bens orçados em R$ 6,5 milhões; o emedebista é mais rico até mesmo que o senador Gladson Cameli, que declarou R$ 2,9 milhões.
Quem também experimentou um milagre da multiplicação nestes quatro anos é o deputado estadual Ney Amorim. O candidato ao Senado pelo PT informou à Justiça Eleitoral posses avaliadas em R$ 1,2 milhão. Em 2014, quando buscava mais um mandato no Parlamento acreano, ele tinha R$ 359 mil.
No quadriênio como presidente da Assembleia Legislativa, o petista multiplicou por três suas propriedades, investindo, sobretudo, em terrenos. No Senado desde 2011, Sérgio Petecão (PSD) também viu o patrimônio ir às alturas; ao contrário de Ney e Bittar, este salto ocorreu num intervalo de tempo maior.
Apesar de ter perdido seus “Petebus”, o parlamentar teve alta de 277% na posse de bens. Quando disputou pela primeira vez o cargo no Senado, o pesedista entregou declaração de renda de R$ R$ 282 mil; agora ela está em R$ 1 milhão.
Petecão investiu no período na aquisição de veículos automotores e imóveis; na declaração de 2010, Petecão não afirmou ter posses no mercado imobiliário.
Entre os políticos com mandato, o petista Jorge Viana foi o que teve a menor evolução patrimonial, em percentual. De 2011 até 2018 ela foi de 59%. Oito anos atrás suas posses eram de R$ 2,3 milhões, estando agora em R$ 3,7 milhões. Dos postulantes ao Senado, ele acumula duas rendas: o salário de senador e a pensão de ex-governador do Acre.
Como o concorrente mais “franciscano” para a Casa da Federação está o ex-reitor da Universidade Federal do Acre Minoru Kimpara (Rede). Seu registro de bens é de R$ 850 mil, sendo todos investimentos imobiliários. A declaração de bens de Pedrazza (PSL) não está disponível no portal do TSE.
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