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segunda-feira, 30 de junho de 2014

A metamorfose petista

De olho nas pesquisas que apontam a mudança como o principal sentimento do eleitor brasileiro, o PT, mesmo com o desgaste de 12 anos de Poder no Brasil e 16 no Acre, tem investido seu marketing nesta onda. Pode parecer estranho, mas pela manutenção do domínio a política gera de tudo. A presidente Dilma Rousseff diz que será a “continuidade da mudança”. Aqui no Acre Tião Viana fala em “mais mudanças”.

Para o PT nacional, o desafio de se apresentar como a mudança e representando o velho será menos traumático do que para os petistas acreanos. O sentimento de mudança do eleitor local foi exposto nas eleições de 2010, quando por muito pouco o médico Tião Viana não embarcou na balsa rumo a Manacapuru.

Ouvindo a voz das roucas, o partido tinha como grande desafio diminuir a rejeição da população à sua longevidade no governo e se reciclar para as eleições municipais. Foi aí que veio o “novo” Marcus Alexandre. Produto bem trabalhado pelo marketing, o engenheiro foi desligado de qualquer imagem relacionada ao petismo.

O vermelho e a estrelinha foram deixados de lado, em seu lugar veio o amarelo. Apresentado como o “novo”, não teve muitas dificuldades de subir nas pesquisas e vencer o velho jeito de fazer política de seu principal adversário, Tião Bocalom, hoje no Democratas.

Marcus Alexandre venceu com a promessa de fazer o novo, mas continuou com as retrógradas práticas da política petista. Primeiro, não abriu mão do fisiologismo para garantir os apoios, transformou a prefeitura num guarda-roupa para pendurar os cabides de emprego. Enquanto o município gasta milhões com o pagamento de aliados, a cidade sofre com o abandono das buraqueiras.

Marcus Alexandre tem muito blá-blá-blá e pouco agir. Seu principal mérito é acordar cedo e tomar café na casa do povo. O PT continua com sua política de viver no mundo da fantasia, não há nada novo; a censura é a mesma, a perseguição a quem ousa contrariá-los só aumenta, e o próprio partido do governador está numa crise de divisão sem precedentes.

Vai ser difícil para o PT acreano falar em “mais mudança” agora em 2014 se as promessas de renovo lá em 2012 ficaram para inglês ver. Não há como negar as mudanças vividas pelo Acre nos últimos 20 anos, mas o PT, a partir de 2012, não deu provas de sua capacidade em promover a mudança a partir da continuidade. Ao contrário, as coisas pioraram: a saúde continua um caos, a economia está pobre, o contracheque reina no mercado, a segurança pública já perdeu a guerra para a bandidagem.

Esta é a mudança? Só se for para pior!

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