Se há no grupo político da Frente Popular alguma liderança que tenha melhor trânsito entre os jornalistas acreanos, seu nome é Jorge Viana (PT). O senador é capaz de dialogar com todos os profissionais, desde os mais simpáticos a sua trajetória política até aos mais críticos.
Nos últimos tempos, no entanto, o petista tem mudado este comportamento. Essa mudança tem sido cada vez mais perceptível. Exemplo mais recente ocorreu essa semana ao fazer o lançamento da revista com a prestação de contas de seu mandato.
Noutras épocas, sua assessoria despachava convites pessoais para os jornalistas; além dos convites, ainda havia ligações telefônicas como reforço. Desta vez Jorge Viana decidiu ficar longe dos holofotes, e fez o evento somente para seu círculo político.
A cada fim de ano e começo de ano legislativo o petista também costumava reunir a imprensa; essa programação também ficou de fora de sua agenda. Até mesmo pedidos de entrevista têm sido recusados por ele.
O isolamento ocorre justamente em 2018, ano em que ele disputa a reeleição para o Senado. Saber o que de fato levou o parlamentar a essa mudança de comportamento é uma incógnita.
Uma de suas estratégias pode ser evitar falar de temas espinhosos que podem arranhar sua imagem ante o eleitorado, como a prisão do ex-presidente Lula e as denúncias de corrupção em que seu partido está envolvido até o pescoço.
Jorge Viana sabe que qualquer declaração neste momento pode ser delicada tanto para sua relação com o eleitor quanto com o partido. Conhecido desde seus tempos de governador por gostar dos holofotes da imprensa, o petista parece adotar a discrição como a melhor forma de evitar o sentimento anti-PT da população, garantindo assim mais oito anos em Brasília.
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