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sábado, 1 de março de 2014

Usinas

Um estudo feito em 2012 pela Universidade Maior de Santo André, em La Paz, já apontava para os impactos ambientais ocasionados pela construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira. À época, o estudo alertava que as represas iriam ocasionar grandes inundações na Bolívia e no Brasil, como de fato ocorre agora neste início de 2014, com a água invadindo cidades, fazendas e rodovias.
 
No Brasil, segundo a pesquisa, havia alertas de que as usinas iriam elevar o nível das águas no período de chuvas na região, o “inverno amazônico”. De acordo com o levantamento, esta elevação causaria impactos também no país vizinho, o que o Brasil refutava até então. Recentemente o presidente boliviano Evo Morales afirmou que pedirá uma investigação para apurar até que ponto as usinas têm influência nesta enchente histórica.
 
“O Brasil alegou que o aumento do nível da água iria acontecer somente em território brasileiro. Nós, porém, demonstramos com o estudo é que o efeito de aumentar (fluxo) também vai ter efeito na Bolívia, no trecho binacional do rio Madeira", diz a pesquisa também coordenada pela Agenda Estratégica da Bolívia.
 
O estudo ainda ressalta o rio Madeira como o principal afluente do Amazonas, consequentemente, sendo isso fator responsável por diminuir o fluxo de água despejada pela grande força do Amazonas.
 
Na sua confluência com o Amazonas, o rio Madeira é um dos cinco maiores rios do mundo, drenando uma área de 1.420.000 quilômetros quadrados. Com as represas, diz a análise, a tendência é mais água ficar “retida”, espalhando-se para as margens. 

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