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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

golpismo tropical

Mato Grosso se consolida como reduto de atos golpistas na Amazônia Legal


Afastamento de prefeito e prisão de empresário com registro de CAC reforçam o estado como um dos centros de planos e financiadores de atos golpistas que questionam eleição de Lula 

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de determinar o afastamento do prefeito do município de Tapurah, Carlos Capeletti (PSD), consolida o Mato Grosso, como um dos principais redutos de sobrevivência do bolsonarismo na Amazônia Legal. O estado tem se tornado um dos principais centros para o planejamento e o financiamento de atos golpistas que contestam o resultado da eleição presidencial de 2022. Foi em Mato Grosso onde o candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL) obteve uma das maiores votações proporcionais do país: 65%. 

A ordem de afastamento do prefeito suspeito de incentivar os atos antidemocráticos pós-eleições é uma das respostas dadas pelo TSE, em especial pelo ministro Moraes, aos levantes golpistas liderados por bolsonaristas inconformados com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre estes atos foram realizados o bloqueio de rodovias e acampamentos em frente aos quartéis das Forças Armadas pedindo intervenção  militar.

Um dos objetivos das investigações é identificar os financiadores destes movimentos. Entre os investigados, conforme o Ministério Público de Mato Grosso, está o prefeito de Tapurah – uma das cidades com maior concentração de apoiadores de Bolsonaro. No município, o presidente obteve 77,12% dos votos válidos.

Conforme as investigações, Carlos Capeletti teria gravado vídeos convocando empresários de Tapurah para irem até Brasília para se juntarem a manifestações golpistas em frente ao Quartel-General  do Exército. O prefeito afastado também é suspeito de ter gravado vídeos nos quais prometia sortear um veículo entre os pouco mais de 15 mil moradores de Tapurah, caso Bolsonaro registrasse, no município, a maior votação proporcional em Mato Grosso.

A partir das denúncias apresentadas pelo MP mato-grossense, o presidente do TSE entendeu que Carlos Capeletti pode ter praticado crimes contra a ordem democrática, determinando seu afastamento do cargo por 60 dias. O ministro também determinou o imediato aprofundamento das investigações. A sentença de Alexandre de Moraes também alcança veículos de comunicação de Mato Grosso, suspeitos de fomentarem as manifestações golpistas. Os proprietários foram multados  em R$ 100 mil.  


completo em ((o)) eco

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